Esquecimento Na Praia

Ontem, conversando com Roberto sobre histórias de infância, me veio à lembrança uma situação muito embaraçosa que me aconteceu. Tinha mais ou menos oito anos e passava férias com meu irmão mais velho, minha mãe e seu namorado em Porto Seguro, Bahia. Foi uma típica viagem de carro em família, minha mãe e o namorado nos bancos da frente, meu irmão de um lado do banco de trás, o cooler recheado de sanduíches de queijo com atum (eca!) e refrigerantes no meio e minha pessoa do outro lado. Para falar a verdade, o cooler não estava exatamente no meio, misteriosamente o objeto insistia em ir para o meu lado me pressionando contra a porta com travas automáticas, ufa! Não adiantava eu empurar, pois minutos depois ele voltava, resolvi me entregar ao amor que o cooler sentia por mim. Não, meu irmão não tinha culpa. Sei... Nossa estadia lá foi ótima, passamos natal, ano novo, visitamos várias praias. Um certo dia resolvemos... opa, resolvemos não, resolveram, criança não decide nada. Continuando, resolveram ir à uma praia mais distante, areia branca, água cristalina e uma barraca de comida bahiana, hummm. Passamos o dia lá, nos deliciando com as águas mornas do nordeste. No fim da tarde, cansados, já era hora de ir embora. recolhemos tudo e fomos para o carro. Todos entraram e eu ainda tentava abrir a maçaneta do carro quando este se movimentou e sumiu no horizonte. Antes de qualquer reação, refletí sobre o que faria:
-Opção 1: Dar mais uma nadada naquele mar maravilhoso e procurar a Pequena Sereia.
-Opção 2: Catar alguns côcos, fazer brincos e colares e vender de mesa em mesa.
-Opção 3: Sentar na areia e chorar como uma criança normal.
Não deu outra, apesar de ser muito fã da Pequena Sereia, era muito tímida e antissocial, chorei silenciosamente. Uma senhora que estava com a família numa das mesas da barraca, foi até mim e convidou a sentar junto a seus filhos e jurou que me apresentaria para a sereiazinha. Tomei guaraná e comi batata frita sem tirar os olhos do meu objetivo principal, o Rei Tritão. Infelizmente não deu tempo, ví se aproximando o carro que se recusou a abrir a porta para mim. De dentro sai uma mãe aos prantos que me agarrou tão forte que de vermelha de sol, passei a roxa. Fomos embora, dei tchau à família simpática pelo vidro de trás. Minha mãe não parava de chorar e me manifestei: "Nossa, eu que sou esquecida e você quem chora?".

3 comentários:

  1. Oi Aline ... quem me indicou você foi minha queridona Sil Isabel ... e pelo que vi já gostei ... sou Ariana com acendente no Palmeiras kkkkkkk e adoro um peixinho kkkkk mas isso não quer dizer que não podemos ser amigas.
    Aparece lá no meu blog, tem sorteio de aniversário.
    Beijokas
    meumundocordeabobora.blogspot.com

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  2. Vejam só... habilidades ocultas a serem descobertas por nós outros, amigos de plantão. Parabéns, linda. Beijos / Tav

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  3. hahahahhahahhahahah. o cooler que anda só. kkkkkkkkkk.
    beijo


    Alan

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